domingo, 7 de agosto de 2011

Revolução industrial

Depoimento de Amanda Gurgel

D. João VI

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Filho de D. Maria I e de D. Pedro III, casou em 1785 com D. Carlota Joaquina, Infanta de Espanha, filha de Carlos IV e de Maria Luísa de Parma.
A partir de 1792, assegurou a direcção dos negócios públicos, devido à doença mental da mãe, primeiro em nome da rainha, a partir de 1799, em nome próprio com o título de Príncipe Regente, sendo aclamado rei em 1816. O seu reinado decorre numa época de profundas mutações à escala mundial e à escala nacional: Revolução Francesa e a consequente guerra europeia, Bloqueio Continental, campanha do Rossilhão, guerra com a Espanha e a perda de Olivença, invasões francesas, fuga da corte para o Brasil onde permaneceu durante 14 anos, revolução liberal e a independência do Brasil. Foi a derrocada de um mundo e o nascimento de outro, mudança que D. João VI não quis ou não soube compreender.
Fugindo para o Brasil perante a invasão de Junot, o monarca terá querido manter a colónia brasileira em poder de Portugal. Isto significou, no entanto, a dependência em relação à Inglaterra, com a imposição da abertura dos Portos brasileiros ao comércio internacional e com o tratado anglo-luso de 1810, desastroso para a economia metropolitana. Além disso, a presença da corte no Brasil impulsionou a independência deste país, o que se veio a verificar em 1822.
Em 1821 o rei é forçado a regressar a Portugal, devido ao triunfo da revolução de 1820 e, em 1822, jura a constituição, que vigoraria apenas durante alguns meses. Seguem-se a Vila-Francada em 1823 e a Abrilada em 1824, movimentos absolutistas encabeçados por D. Miguel.
Vencido e expatriado D. Miguel, D. João VI consagra os últimos anos do seu reinado a tentar resolver o problema brasileiroe, por altura da sua morte, em 1826, sonhava ainda com a reunião dos dois países na pessoa de um só soberano, sem se aperceber que o Brasil teria de seguir o seu destino americano e Portugal o seu destino europeu.

Ficha genealógica:
D. João VI nasceu em Lisboa, a 13 de Maio de 1767, recebendo o nome de João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael, e faleceu no Palácio da Bemposta, na mesma cidade, a 10 de Março de 1826, estando sepultado no Mosteiro de São Vicente de Fora.
Casou em 1785 com D. Carlota Joaquina, que nasceu em Aranjuez, a 25 de Abril de1775, e faleceu no Palácio de Queluz, a 7 de Dezembro de 1830, estando sepultada no mesmo Panteão. Era filha de Carlos IV, rei de Espanha, e de Maria Luísa Teresa de Parma.
Do casamento nasceram:
1. D. Maria Teresa. Nasceu no Palácio da Ajuda, a 29 de Abril de 1793 e faleceu em Trieste a 17 de Janeiro de 1874.Casou em 13 de Maio de 1810, no Rio de Janeiro, com o seu primo D. Pedro Carlos António de Bourbon e Bragança, que faleceu em 26 de Maio de 1812; e, em segundas núpcias, em 1838, com o seu cunhado e tio, o infante D. Carlos Maria Isidro, duque de Madrid e conde de Montemolin e Molina, que em 1834 enviuvara da infanta D. Maria Francisca de Assis (ver 5.)
2. D. António Pio. Nasceu no Palácio de Queluz, a 21 de Março de 1795, foi príncipe da Beira e faleceu a 11 de Junho de 1801;
3. D. Maria Isabel. Nasceu no Palácio de Queluz, a 19 de Maio de 1797, faleceu em Madrid a 29 de Novembro de 1818, estando sepultada no Mosteiro de Escorial. Casou em 1816 com o rei D. Fernando VII de Espanha, seu tio, que já enviuvara de D. Maria Antónia de Bourbon y Lorena, princesa de Nápoles;
4.
D. Pedro IV, que sucedeu no trono;
5. D. Maria Francisca de Assis. Nasceu no Palácio de Queluz, em 22 de Abril de 1800, faleceu em Gosport, em Inglaterra, a 4 de Setembro de 1834, estando sepultada na capela-mor da igreja católica da mesma cidade inglesa. Casou em 1816, com o seu tio, D. Carlos Maria Isidro, infante de Espanha, falecido em 1815;
6.
D. Isabel Maria. Nasceu no Palácio de Queluz, a 4 de Julho de 1801; faleceu em Benfica, a 22 de Abril de 1876, estando sepultada no Panteão de S. Vicente de Fora. Nunca casou, tendo sido regente do reino, de 6 de Março de 1826 a 26 de Fevereiro de 1828. Após a vitória da causa liberal manteve-se afastada da vida política;
7.
D. Miguel, infante, regente do Reino de 1826 a 1828 e depois rei, de 1828 a 1834, que segue;
8. D. Maria da Assunção. Nasceu no Palácio de Queluz, a 25 de Junho de 1805; faleceu em Santarém a 7 de Janeiro de 1834; sepultada na Igreja do Milagre, de Santarém, e depois no Panteão de São Vicente de Fora.
9. D. Ana de Jesus Maria. Nasceu no Palácio de Mafra, a 23 de Outubro de 1806, e faleceu em Roma, em 22 de Junho de 1857. Casou em 5 de Dezembro de 1827 com o 2.º marquês de Loulé.



Simulado Enem

Simulado Enem

1º Ano - Geografia


Questão 01
Antes, eram apenas as grandes cidades que se apresentavam como o império de técnica, objeto de modificações, suspensões, acréscimos, cada vez mais sofisticadas e carregadas de artifício. Esse mundo artificial inclui, hoje, o mundo rural.

Considerando a transformação mencionada no texto, uma consequência socioespacial que caracteriza o atual mundo rural brasileiro é:

A) a redução do processo de concentração de terras.
B) o aumento do aproveitamento de solos menos férteis.
C) a ampliação do isolamento do espaço rural.
D) a estagnação da fronteira agrícola do pais.
E) a diminuição do nível de emprego formal.
Questão 02
A maioria das pessoas daqui era do campo. Vila Maria é hoje exportadora de trabalhadores. Empresários de Primavera do Leste, Estado de Mato Grosso, procuram o bairro de Vila Maria para conseguir mão de obra. É gente indo distante daqui 300, 400 quilômetros para ir trabalhar, para ganhar sete conto por dia.

O texto retrata um fenômeno vivenciado pela agricultura brasileira nas últimas décadas do século XX, conseqüência:

A) dos impactos sociais da modernização da agricultura.
B) da recomposição dos salários do trabalhador rural.
C) da exigência de qualificação do trabalhador rural.
D) da diminuição da importância da agricultura.
E) dos processos de desvalorização de áreas rurais.
Questão 03
Os lixões são o pior tipo de disposição final dos resíduos sólidos de uma cidade, representando um grave problema ambiental e de saúde pública. Nesses locais, o lixo é jogado diretamente no solo e a céu aberto, sem nenhuma norma de controle, o que causa, entre outros problemas, a contaminação do solo e das águas pelo chorume (líquido escuro com alta carga poluidora, proveniente da decomposição da matéria orgânica presente no lixo).

RICARDO, B.; CANPANILLI, M. Almanaque Brasil Socioambiental 2008.
São Paulo, Instituto Sociambiental, 2007.

Considere um município que deposita os resíduos sólidos produzidos por sua população em um lixão. Esse procedimento é considerado um problema de saúde pública porque os lixões

A) causam problemas respiratórios, devido ao mau cheiro que provém da decomposição.
B) são locais propícios a proliferação de vetores de doenças, além de contaminarem o solo e as águas.
C) provocam o fenômeno da chuva ácida, devido aos gases oriundos da decomposição da matéria orgânica.
D) são instalados próximos ao centro das cidades, afetando toda a população que circula diariamente na
área.
E) são responsáveis pelo desaparecimento das nascentes na região onde são instalados, o que leva à escassez
Questão 04
Pensando nas correntes e prestes entrar no braço que deriva da Corrente do Golfo para o norte, lembrei-me de um vidro de café solúvel vazio. Coloquei no vidro uma nota cheia de zeros, uma bola cor rosa-choque. Anotei a posição e data: Latitude 49°49’N, Longitude 23°49’W. Tampei e joguei na água. Nunca imaginei que receberia uma carta com a foto de um menino norueguês, segurando a bolinha e a estranha nota.

KLINK, A. Parati: entre dois polos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998 (adaptado).

No texto, o autor anota sua coordenada geográfica, que é

A) a relação que se estabelece entre as distâncias representadas no mapa e as distâncias reais da superfície
cartografada.
B) o registro de que os paralelos são verticais e convergem para os polos, e os meridianos são círculos imaginários,
horizontais e equidistantes.
C) a informação de um conjunto de linhas imaginárias que permitem localizar um ponto ou acidente geográfico
na superfície terrestre.
D) a latitude como distância em graus entre um ponto e o Meridiano de Greenwich, e a longitude como a distância
em graus entre um ponto e o Equador.
E) a forma de projeção cartográfica, usado para navegação, onde os meridianos e paralelos distorcem a superfície
do planeta.

Questão 05

OG-20 é o grupo que reúne os países do G-7, os mais industrializados do mundo (EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá), a União Europeia e os principais emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China,África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Coreia do Sul, Indonésia, México e Turquia). Esse grupo de países vem ganhando força nos fóruns internacionais de decisão e consulta.

Entre os países emergentes que formam o G-20, estão os chamados BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), termo criado em 2001 para referir-se aos países que

A) apresentam características econômicas promissoras para as próximas décadas.
B) possuem base tecnológica mais elevada.
C) apresentam índices de igualdade social e econômica mais acentuados.
D) apresentam diversidade ambiental suficiente para impulsionar a economia global.
E) possuem similaridades culturais capazes de alavancar a economia mundial.
Resolução
Questão 06


A usina hidrelétrica de Belo Monte será construída no rio Xingu, no município de Vitória de Xingu, no Pará. A usina será a terceira maior do mundo e a maior totalmente brasileira, com capacidade de 11,2 mil megawatts.
Os índios do Xingu tomam a paisagem com seus cocares, arcos e flechas. Em Altamira, no Pará, agricultores fecharam estradas de uma região que será inundada pelas águas da usina.

Os impasses, resistências e desafios associados à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte estão relacionados

A) ao potencial hidrelétrico dos rios no norte e nordeste quando comparados às bacias hidrográficas das regiões
Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.
B) à necessidade de equilibrar e compatibilizar o investimento no crescimento do país com os esforços para a
a conservação ambiental.
C) à grande quantidade de recursos disponíveis para as obras e à escassez dos recursos direcionados para o
pagamento pela desapropriação das terras.
D) ao direito histórico dos indígenas à posse dessas terras e à ausência de reconhecimento desse direito por
parte das empreiteiras.
E) ao aproveitamento da mão de obra especializada disponível na região Norte e o interesse das construtoras na vinda de profissionais do Sudeste do país

Questão 07

(UEL) — Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) foi implantado, no exame vestibular, o sistema de cotas raciais, que desencadeou uma série de discussões sobre a validade de tal medida, bem como sobre a existência
ou não do racismo no Brasil, tema que permanece como uma das grandes questões das Ciências Sociais no país. Roger Bastide e Florestan Fernandes, escrevendo sobre a escravidão, revelam traços essenciais do racismo à brasileira, observando que: “Negro equivalia a indivíduo privado de autonomia e liberdade; escravo correspondia (em particular do século XVIII em diante) a indivíduo de cor. Daí a dupla proibição, que pesava sobre o negro e o mulato: o acesso a papéis sociais que pressupunham regalias e direitos lhes era simultaneamente vedado  pela ‘condição social’ e pela ‘cor’.”

Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre a questão racial no Brasil, é correto afirmar:

A) O racismo é produto de ações sociais isoladas, desconectadas dos conflitos ocorridos entre os grupos étnicos.
B) A escravatura amena e a democracia nas relações étnicas levaram à elaboração de um “racismo brando”.
C) As oportunidades sociais estão abertas a todos que se esforçam e independem da “cor” do indivíduo.
D) Nas relações sociais, a “cor” da pessoa é tomada como indicador de posição social.
E) O comportamento racista vai deixando de existir, paulatinamente, a partir da abolição dos escravos.

Questão 08

No dia 6 de abril de 2009 ocorreu na cidade histórica de
L’Aquila (Itália) um terremoto com escala de 6.3, matando
mais de 270 pessoas e ferindo outras 1.100. Nos
dias posteriores ao fato, divulgaram-se na imprensa as
seguintes interpretações:
Texto I
O sismólogo Gioacchino Giuliani alertou que haveria um
grande sismo na região, baseado em medições de elevação
da concentração de radônio, um gás radioativo
raro em estado livre na atmosfera. Segundo ele, antes
de erupções, movimentos no interior da crosta terrestre
podem liberar grandes quantidades desse gás, indicando
a iminência de um grande sismo. Usando um carro
com alto-falantes, ele chegou a pedir a evacuação do
local, mas foi denunciado à polícia e ameaçado de prisão,
sob a acusação de levar pânico à população.
Adaptado de La Reppublica, 12 de abril de 2009.
Texto II
O presidente do Instituto Nacional de Geofísica, Enzo
Boschi, disse que uma previsão, para ser eficaz, tem que
apontar a magnitude do terremoto; a área que será
atingida; e a data de sua ocorrência. A previsão de Giuliani
falhou nos três elementos. “O problema real da
Itália é que temos terremotos, mas depois esquecemos e
não fazemos nada. Não faz parte da nossa cultura tomar
precauções ou construir de modo adequado em áreas
onde pode haver grandes terremotos”, disse.
Adaptado de Reuters, 14 de abril de 2009.
Baseados nos textos, podemos concluir que:
A) por mais apurado que seja o olfato de Giuliani, ele
usa um método não científico, o que dá razão a Boschi,
que exige o acerto da magnitude, área e data do
evento.
B) a proposta de Giuliani é construir um sistema de prevenção
seguro, baseado em três variáveis, mas Boschi
acha que o país estaria mais seguro com uma reforma
das leis de construção civil.
C) Giuliani não usou um método científico, mas Boschi
concordou com ele sobre a necessidade de precauções
e previsões mais seguras de sismos.
D) Giuliani é conhecido por suas previsões mensais sobre
terremotos, sempre erradas, o que permite deduzir
que Boschi está certo sobre a imprevisibilidade desses
fenômenos.
E) Giuliani pode ter uma nova forma de prever terremotos,
mas Boschi acha que ele está errado, sendo
melhor se construir bem, para reduzir os efeitos dos
sismos.

O humor da tirinha decorre:
A) da sugestão de que a materialidade das idéias permite
seu confronto, que não apresenta resultado devido
ao caráter relativo da verdade.
B) de um jogo de palavras entre “teoria” e “prática”,
sugerindo que uma teoria é superior à outra por estar
mais vinculada à prática.
C) da sugestão de que as teorias são como objetos materiais,
não cabendo uma comparação entre elas e
muito menos uma oposição.
D) da idéia de que a prática é uma atividade desvinculada
da teoria, pois esta extrai seu substrato apenas e
tão-somente da atividade pura do pensamento.
E) de um jogo de palavras entre “teoria” e “prática”,
sugerindo que uma teoria é superior a outra por estar
mais distante da prática.
(Extraído da Folha de S. Paulo, 23/04/09, p. E13)

Questão 09

A discussão sobre os efeitos do aquecimento global e a
necessidade de buscar alternativas que substituam os
combustíveis derivados do petróleo revalorizou a produção
do álcool-combustível. Como o Brasil é o maior
produtor e exportador de etanol combustível do mundo,
essa retomada deve implicar novas fronteiras agrícolas
em nosso território. Essa é a grande questão. Para alguns,
essa expansão não trará conseqüências graves para
o ambiente, pois há uma grande disponibilidade de
terras ociosas (áreas de lavouras e de pastagens, atualmente
desocupadas ou subutilizadas), que podem permitir
o aumento da produção de cana, sem a necessidade
de desmatamentos, seja na Amazônia, seja nas regiões
de cerrado e pantanal. Para outros, no entanto,
pode ocorrer um fenômeno em cadeia, pois a expansão
da cana-de-açúcar no Sudeste seria acompanhada da expansão
da soja no Centro-Oeste e da pecuária no Norte,
ou seja, a expansão da fronteira agrícola no Brasil sofreria
forte aceleração, implicando maiores taxas de conversão,
tanto do cerrado como da floresta amazônica, em
áreas de produção agrícola. Segundo essas informações,
é possível concluir que:
A) a produção de etanol é um dos mais sérios problemas
relacionados ao uso do solo no Brasil e para o qual
não há uma solução viável.
B) o plantio da cana-de-açúcar exige, necessariamente,
solos muito férteis, que só podem ser encontrados em
áreas de matas nativas, como a Amazônia.
C) a questão do aquecimento global é extremamente
séria, e não é possível evitar a devastação de uma parte
da vegetação brasileira para diminuir a emissão de
poluentes na queima de derivados de petróleo.
D) o problema da expansão da cana está na perspectiva
de se destruírem áreas de vegetação nativa, que poderão
ser preservadas se o plantio se fizer em áreas
atualmente subutilizadas.
E) o etanol, na verdade, é a única possibilidade que temos
de produzir energia limpa, mesmo que isso custe
a devastação de uma parcela de espaços vegetais,
que, no contexto de extensão brasileira, representam
muito pouco.

Questão 10


Leia o texto a seguir:
As reservas ambientais na Amazônia realmente protegem
a floresta contra queimadas? O estudo de um
grupo de cientistas da Universidade Duke, nos Estados
Unidos, confirma que sim, mesmo quando essas reservas
são cortadas por estradas (…) “Nosso estudo comprovou
que cerca de 90% das queimadas detectadas na Amazônia
estavam a menos de 10km de estradas (…). No entanto,
percebemos que há uma incidência muito maior
de incêndios perto de estradas fora de reservas do que
em seu interior”.
Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/ Acesso em 13/04/09.
Segundo o texto, é correto afirmar que:
A) as reservas ambientais na Amazônia estão completamente
protegidas contra incêndios, porque nelas não
se permite ocupação humana.
B) o estudo dos cientistas norte-americanos confirma
que a floresta amazônica está sendo intensamente
devastada.
C) a implantação de mais reservas ambientais na Amazônia
servirá para aumentar a proteção da floresta
contra queimadas.
D) a construção de estradas é uma forma de impedir o
processo de devastação da floresta na Amazônia,
mesmo no interior das reservas.
E) as queimadas ocorrem em todos os pontos da floresta,
independendo de eles estarem dentro ou fora das
reservas.
















































Questão 01


A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros. Tudo se transformava em lucro. As cidades tinham sua sujeira lucrativa,
suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero
lucrativo. As novas fábricas e os novos altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do
homem que seu poder.

DEANE. P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).
Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da Revolução Industrial

Inglesa e as características das cidades industriais no início do século XIX?
A) A facilidade em se estabelecer relações lucrativas transformava as cidades em espaços privilegiados para a
livre iniciativa, característica da nova sociedade capitalista.
B) O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do trabalho industrial.
C) A construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o deslocamento dos trabalhadores
das periferias até as fábricas.
D) A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da engenharia e da arquitetura
do período, transformando as cidades em locais de experimentação estética e artística.
E) O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de aglomerados urbanos
marcados por péssimas condições de moradia, saúde e higiene.

Surgimento das Cidades

O desenvolvimento da agricultura irrigada nas planícies dos grandes rios foi o fator econômico decisivo na fundação das primeiras cidades, no Oriente Próximo. O principal progresso técnico que a acompanhou foi a descoberta e uso do bronze (metal conseguido a partir da mistura do cobre e do estanho), que substituiu definitivamente a pedra na manufatura de todas as espécies de armas e ferramentas.
As primeiras cidades surgiram entre 3 500 e 3000 a. C., nos vales dos rios Nilo, no Egito e Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia; posteriormente, mais ou menos em 2 500 a.C., no vale do rio Indo, na Índia e por volta de 1 500 a. C., na China.
Agricultura, trabalho coletivo e cidade
As enchentes periódicas dos rios deixavam nas margens uma camada de húmus que favorecia a produtividade da terra. Entretanto, os rios que fertilizavam o solo e serviam de acesso às fontes de matérias primas precisavam ser drenados e controlados, o que demandava a cooperação entre os homens.
A abertura de canais de irrigação, a drenagem de pântanos, a construção de represas e poços eram obras que requeriam o trabalho coletivo da população de várias aldeias, para o melhor aproveitamento das águas. Exigiam também uma direção centralizada, capaz de dividir e racionalizar as tarefas.
A necessidade de centralização levou ao aparecimento da cidade, centro administrativo que reunia várias aldeias surgido em torno do templo do principal deus totêmico da comunidade. Nesse templo era armazenada a produção excedente das aldeias; à sua volta, viviam as pessoas que se dedicavam à administração, ao comércio e ao artesanato.
Entre os servidores do templo, destacavam-se os sacerdotes (herdeiros dos “feiticeiros” das aldeias neolíticas), intérpretes da vontade dos deuses, que acabavam por assumir a função de dirigentes das cidades. Exerciam tarefas de muita importância. Como a distribuição das águas e das sementes, a supervisão das colheitas e a armazenagem dos grãos, apropriando-se também de boa parte das terras e da produção dos  camponeses, como pagamento de impostos devidos aos deuses.
A Divisão do Trabalho, as desigualdades sociais, o Estado
Além do desenvolvimento da agricultura, com direção centralizada dos trabalhos coletivos de irrigação, outros fatores contribuíram para transformar as aldeias em cidades. As técnicas de trabalhar metais, ouro,  prata, bronze, se desenvolveram com rapidez, tornando-se profissões especializadas, como joalheiros e metalúrgicos.

A existência das primeiras cidades dependia também da possibilidade de se organizar o transporte eficaz de grandes quantidades de produtos e de matérias primas. Os habitantes das cidades precisavam receber com regularidade alimentos vindos dos campos ou de localidades distantes. Era indispensável ir buscar em florestas e montanhas, por vezes longínguas, madeira, metais e até pedra.
Essas necessidades levaram a um grande aperfeiçoamento dos meios de transporte e ao desenvolvimento do comércio.

As canoas primitivas foram sendo aperfeiçoadas, até se transformarem em autênticos navios, capazes de transportar artigos volumosos. A descoberta da vela aumentou o raio de ação dos navios. De igual significação foi o desenvolvimento dos transportes terrestres, com  a invenção da roda, da tração animal e também do arado de metal.

O comércio, de início, se processava por simples troca; depois, pelo uso do gado (pecúnia) como unidade de troca, ou por meio de artigos valiosos facilmente transportáveis, tais como os metais (cobre e posteriormente ouro e prata). O aparecimento de mercadores especializados deveu-se à necessidade de se adquirir produtos estrangeiros em regiões distantes, transformando essa atividade numa profissão.

O desenvolvimento do comércio e da vida urbana em geral tornou inevitável a invenção da escrita, dos processos de contagem, dos padrões de medida e do calendário, que foram sendo melhorados com o tempo.

Nas cidades, os cidadãos passaram a ser classificados de acordo com a sua função, incluindo os sacerdotes, os escribas, os mercadores, os artesãos, os soldados, os camponeses,  os escravos domésticos, os estrangeiros. A divisão do trabalho e as  desigualdades de riquezas entre os cidadãos criaram a necessidade de leis e de forças capazes de fazer cumprir as leis. A liderança natural do grupo, que nas aldeias era exercida pelos mais velhos e sábios, cedeu lugar ao governo de um só homem, geralmente o principal administrador do templo ou um grande chefe guerreiro, surgindo assim a cidade-Estado.

Por volta de 3 500 a.C., as cidades dos vales dos rios Nilo, Tigre e Eufrates já constituíam civilizações com governo centralizado nas mãos do rei e o trabalho baseado na servidão dos camponeses.